Bibliotecas do Brasil

Dicas de Leitura da Minibiblioteca do Sossego do Parque Gomm

Olha só as dicas que a Minibiblioteca do Sossego preparou para brindar seus leitores! Agora, alguns dos livros doados para a Minibiblioteca que passarem por nós para receber o carimbo da iniciativa "Leia, Empreste e Devolva" do blog Bibliotecas do Brasil terão em seu interior essas dicas de leitura, para instigar o interesse e mostrar que é possível tirar um tempinho para ler mesmo na correria do nosso dia a dia.
A Minibiblioteca do Sossego é uma parceria entre o blog Bibliotecas do Brasil e o movimento cívico Salvemos o Bosque da Casa Gomm. Ela foi feita para incentivar a leitura, distribuir livros livres e ajudar na criação do Parque Gomm. O acervo dela é mantido pelos visitantes do parque que além de doar livros também fazem empréstimos e mantém a circulação de leituras.

Leia mais sobre a Minibiblioteca do Sossego nos diversos artigos que já publicamos sobre ela: http://www.bibliotecasdobrasil.com/search/label/Minibiblioteca%20do%20Sossego

Leia como foi a inauguração da Minibiblioteca do Sossego:

Dicas de leitura da Minibiblioteca do Sossego

Leia sobre assuntos que despertem seu interesse
Leia no seu tempo livre, por menor que seja: no intervalo do trabalho, no ônibus, no horário livre do almoço
Crie o hábito da leitura: estabeleça pequenas metas de leitura diárias (por exemplo, leia 15 páginas por dia)
Ensine a leitura: sempre deixe livros ao alcance das crianças
Proximidade com a leitura: tenha sempre um livro com você na bolsa e na mochila
Conheça novas leituras: visite livrarias ou bibliotecas que possuam os lançamentos literários, você pode descobrir novos assuntos dessa forma
Fortifique o alcance do livro: quando terminar de ler, passe o livro para outro leitor

Daniele Carneiro - Bibliotecas do Brasil
contato@bibliotecasdobrasil.com

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de por Daniele Carneiro

escritores

Ray Bradbury foi criado pelas bibliotecas

O escritor de ficção científica Ray Bradbury (1920-2012) foi um grande defensor das bibliotecas, que segundo o próprio autor foram os locais que propiciaram sua formação. No ano de 2009, mesmo com problemas de locomoção devido a um derrame, o autor angariou dinheiro para evitar que diversas bibliotecas públicas da Califórnia fossem fechadas por conta da crise monetária. Ele comparecia em eventos e conversava com as pessoas sobre seus livros e os filmes que basearam-se neles, com toda a renda voltada para as bibliotecas públicas.

Compre aqui esse adesivo literário e muitos outros do blog Bibliotecas do Brasil

Bradbury ficou conhecido com seu romance Fahrenheit 451, que é ambientado em um futuro próximo, no qual os livros foram banidos e aqueles que restaram são queimados em fogueiras. Um grupo de pessoas resolve manter vivas as histórias dos livros memorizando todas as palavras, tornando-se cada pessoa um livro vivo.

Abaixo segue um trecho traduzido de uma entrevista concedida ao New York Times pelo autor durante esta batalha contra o fechamento das bibliotecas:

"As bibliotecas me criaram. Eu não acredito em faculdades ou universidades. Eu acredito em bibliotecas, porque a maioria dos estudantes não têm dinheiro. Quando eu me formei do ensino médio, foi durante a Depressão, e eu não tinha dinheiro nenhum. Eu não podia ir para a faculdade, então eu fui para a biblioteca três dias por semana durante dez anos”.

Leia a entrevista completa (em inglês) aqui.
Texto e arte: Juliano Rocha
Foto: MDCArchives

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de por Juliano Rocha

newsletter

Bibliotecas do Brasil Inbox #13 - Henry David Thoreau e Paulo Freire

Na edição nº 13 da newsletter você poderá ler um artigo de Juliano Rocha inspirado nas palavras de Paulo Freire sobre a importância da leitura, o incentivo à criação de novos pontos de acesso aos livros e sobre como as bibliotecas podem modificar a compreensão de mundo de uma pessoa. As bibliotecas livres desenvolvem um papel fundamental para incentivar a leitura e proporcionar um contato inicial com os leitores que por inúmeros motivos, não podem ou não conseguem frequentar bibliotecas, e reavivar ainda mais a vontade de ler naqueles que já costumam ter sempre livros por perto.
A newsletter Bibliotecas do Brasil Inbox também trás um artigo de Daniele Carneiro sobre a experiência de ler os livros de Henry David Thoreau e sobre sua filosofia de vida que nos leva muito além das prateleiras da estante. Além dos artigos teremos a dica para bibliotecas, selinho, agenda cultural e os posts mais interessantes desta semana.
Venha participar junto com a gente dessa gostosa conversa semanal. Assine agora e receba de brinde todas as edições que já enviamos anteriormente. É só entrar nesse link e iniciar sua leitura: http://eepurl.com/R2rGf

Texto: Daniele Carneiro
Arte: Juliano Rocha
Foto: http://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_Freire#mediaviewer/Ficheiro:Paulo_Freire.jpg
Bibliotecas do Brasil - contato@bibliotecasdobrasil.com

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de por Daniele Carneiro

biblioteca livre

Minibiblioteca do Sossego do Parque Gomm completa 5 meses

Olá, eu sou a Minibiblioteca do Sossego do Parque Gomm de Curitiba. Faço parte da iniciativa "Leia, Empreste ou Devolva" do blog Bibliotecas do Brasil, e sou uma parceria com o movimento Salvemos o Bosque da Casa Gomm. As pessoas que visitam o Parque Gomm podem emprestar livros livres comigo e levar para casa para ler. Também podem emprestar os livros para outros leitores como os filhos, sobrinhos, amigos, parentes, e depois se quiserem, podem devolver para mim, ou então deixar que os livros continuem circulando nas mãos de novos leitores. Mas para que eu continue encantando os leitores que já me conhecem e os novos leitores que estou conhecendo agora, preciso de sua ajuda para conseguir mais livros.
Que tal você dar uma olhada na sua estante e separar um livro de literatura para me doar? Gosto de livros de literatura, gibis, livros infantis, clássicos, livros bacanas que possam ser lidos debaixo de uma árvore, na sombra, no horário de almoço do trabalho, no ônibus de volta para casa. Só não vale enciclopédias, livros didáticos e apostilas de cursos, porque eles não tem a ver com a minha proposta. Para quer eu continue a alegrar leitores de diversas idades e bairros que frequentam o gramado do Gomm, preciso que você separe com carinho alguns livros para me doar.
Venha me visitar no próximo sábado à tarde, pois estaremos festejando o primeiro aniversário do movimento Salvemos o Bosque da Casa Gomm. Que alegria será receber mais livros para emprestar aos leitores, e você também além de doar, poderá pegar um livrinho emprestado. Conheça minha história no blog Bibliotecas do Brasil, clique em Minibiblioteca do Sossego.

As boas-vindas da Minibiblioteca do Sossego:

"Olá, eu sou a Minibiblioteca do Sossego do Parque Gomm. O livro de literatura que você tem em casa pode me servir muito bem e espero que os meus livros também possam atender a sua sede de leitura. Leve um livro e traga um livro, assim eu continuo viva em um círculo de solidariedade. Talvez um livro seja apenas um objeto comum para alguém, mas para outra pessoa é um alívio, um momento de descanso mental, um refúgio, o sustento da alma por mais um dia".

Empréstimo livre de livros funciona assim:

O leitor é livre para emprestar o livro, levar para casa e devolvê-lo quando achar que deve;
É livre para fazer a leitura a seu tempo, sem pressa, não tem data de devolução;
O leitor é livre para emprestar à outra pessoa;
Se quiser levar em uma viagem para ler e libertar esse livro em outra cidade, é livre para isso.

Quem são os leitores da Minibiblioteca do Sossego?

São pessoas dos mais diversos bairros e de variadas origens e idades que frequentam o gramado do Parque Gomm durante a semana e nos encontros realizados pelo movimento cívico Salvemos o Bosque da Casa Gomm aos sábados. Os funcionários do shopping, do comércio da região, de consultórios e de outros locais próximos do Gomm emprestam livros da Minibiblioteca também. Estrangeiros e turistas também já visitam e utilizam a Minibiblioteca. A Minibiblioteca do Sossego é aberta e gratuita para qualquer pessoa interessada em leitura e livros livres. No dia 08/07/2014 a Minibiblioteca completa seus 5 meses de existência.

Tenho livros para doar como faço?

Para doar livros é muito simples: basta levá-los pessoalmente até o Parque Gomm que fica no final da Rua Bruno Filgueira nº 850, no bairro Batel em Curitiba.Você pode entrar livremente pelo lado dos fundos do shopping Pátio Batel, na calçada da Rua Hermes Fontes (vindo pela Rua Costa Carvalho). Pedimos para que as pessoas levem livros de literatura em boas condições de uso devido à estrutura pequena da biblioteca, que é uma caixa de feira reforçada, mas que não comporta por exemplo a doação de livros didáticos escolares, coleções completas de enciclopédias Barsas, nem apostilas de cursinho vestibular ou de idiomas. Os livros entram imediatamente em circulação, por isso precisam estar em boas condições de uso e de leitura, pois a biblioteca é auto sustentável, ou seja, não tem um setor de restauro de livros, ou alguém responsável por recuperá-los. A Minibiblioteca do Sossego é voltada para a leitura ao ar livre, por isso são bem vindos livros de contos, romance, poesia, autoconhecimento, livros de terror e suspense, de aventura, de histórias de amor, de aperfeiçoamento pessoal, livros voltados para o público infantil e adolescente e biografias. As dúvidas sobre livros didáticos e locais onde você pode doá-los você encontra nesse post: Livros, revistas e apostilas para reciclagem. Use nosso blog como um banco de dados em busca de artigos de orientação referentes à descarte e reutilização de livros didáticos e doação de livros em geral, navegue pela tag livros didáticos.

Um Ano de Parque Gomm
No sábado 05/07/2014 das 16h00 às 21h30
Programação completa na página do evento no Facebook

Texto e foto: Daniele Carneiro
Arte: Juliano Rocha
Bibliotecas do Brasil - contato@bibliotecasdobrasil.com

Leia mais:

Minibiblioteca do Sossego é uma iniciativa independente
Polaróides d'Alma - Mini Exposição ao Ar Livre
Tarde para doar livros para a Minibiblioteca do Sossego

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de por Daniele Carneiro

adesivos

Henry David Thoreau - 'Agora ou nunca!'

'Agora ou nunca! Você deve viver no presente, lance-se em cada onda, encontre a eternidade em cada momento. Tolos ficam em sua ilha de oportunidades e procuram por uma terra melhor. Não existe uma terra melhor, não existe outra vida a não ser esta'.

- Henry David Thoreau retirada do livro I to Myself: An Annotated Selection from the Journal of Henry D. Thoreau.

Henry David Thoreau foi um grande homem, nascido nos Estados Unidos em 1817, escreveu livros nos quais defendia que as pessoas deviam ser independentes e livres para viver com suas próprias convicções e que todas as diferenças devem ser respeitadas. Ele acreditava que as pessoas devem fazer suas ações independentes do governo e que a ação que pode ser feita hoje é melhor que aquela imaginada para amanhã.

O Alessandro Martins também escreveu sobre o Thoreau no Livros e Afins, vale a visita: Thoreau sobre votações e outras manifestações coletivas

Adesivos Bibliotecas do Brasil: Agora você pode comprar a arte desse post em formato de adesivo para nos apoiar e nos ajudar a manter as atividades semanais do blog, as ações de livros livres e ajudar a divulgar as bibliotecas livres, comunitárias e atuantes do nosso Brasil e de fora, com um blog sempre atualizado e comprometido em mostrar as mais variadas modalidades de aproximação e sensibilização para a leitura e para a partilha de livros. Conheça nossos adesivos.

Texto e arte: Juliano Rocha

Leia mais:

Leituras de Inverno em Guaratuba/PR
Minibiblioteca do Sossego é uma iniciativa independente
Bibliotecas do Brasil é Creative Commons

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de por Juliano Rocha

Bibliotecas do Brasil

Bibliotecas do Brasil Inbox #12 - True Detective e Nelson Mandela, o homem descrito por suas cartas

Chegamos à newsletter Bibliotecas do Brasil Inbox #12 e nessa sexta-feira iremos passear pelos pântanos esfumaçados da Louisiana com os detetives Rust e Marty e por toda a filosofia que permeia a série True Detective, teremos um texto sobre as cartas que Nelson Mandela escreveu da prisão e aprenderemos como é possível tirar valiosas lições de vida de um momento tão doloroso e longo da vida deste homem incrível, além de dicas para bibliotecas, selinho da semana, agenda cultural e uma revisão de tudo que aconteceu esta semana.
Não fique de fora dessa nossa conversa semanal, assine agora e receba de brinde todas as edições que já enviamos anteriormente. É só entrar nesse link e iniciar sua leitura: http://eepurl.com/R2rGf

Texto e arte: Juliano Rocha
Fotos: Consortium News e Fonts In Use.

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de por Juliano Rocha

escritores

Todo mundo quer uma oportunidade - Ferréz, escritor

"Eu fui salvo pela literatura que eu fui atrás. Nenhum professor me indicou, ninguém chegava em mim e falava "vai atrás, vai ler", não, eu fui atrás, fui em sebos, de 1 em 1 real que eu comprava os livros usados, eu busquei algum tipo de literatura que me resgatou, que me trouxe senso crítico, que me trouxe boas escolhas em vez de fazer ruins. Isso eu não estou falando só da vida do crime, porque eu não ia ser criminoso, mas a escolha que me deu é de fazer um trabalho de melhor qualidade, de saber tratar minha família melhor, de não ser sexista pra minha esposa, de saber criar minha filha de forma harmoniosa dentro da periferia, fazendo ela entender o lado sofrido mas também que tem um lado de cultura que está dentro da comunidade, tudo isso foi a literatura que me deu". Ferréz, escritor.

O vídeo postado no perfil do escritor Ferréz no Facebook traz o trabalho da Associação Interferência que foi fundada em 2009 no Capão Redondo por ele e mostra a transformação no bairro através das 120 crianças hoje assistidas pela entidade. No Capão Redondo vivem 268 mil pessoas sendo 88 mil crianças e jovens até 19 anos, e não há nenhuma biblioteca pública no bairro.

Crédito das fotos: Jatobb e Catraca Livre

Vídeo: Selo Povo

Daniele Carneiro - Bibliotecas do Brasil

Arte: Juliano Rocha

contato@bibliotecasdobrasil.com

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de por Daniele Carneiro

Bibliotecas do Brasil

Bibliotecas do Brasil Inbox #11 - Essência: Infância, livros e bibliotecas e A Prisão da Fé de Lawrence Wright

Na Bibliotecas do Brasil Inbox #11 passeamos pelas memórias, lembranças da infância em bibliotecas nem tão agradáveis assim, pela recordação de uma viagem recente, lembramos a semana no blog, invocamos a lembrança das bibliotecas que produziram muitos leitores e que hoje encontram-se abandonadas, visitamos memórias de pessoas que estiveram em uma religião que as aprisionou e para finalizar, olhamos para o futuro em nossa agenda cultural.

Toda semana produzimos textos exclusivos e inéditos para nossa newsletter, você também pode recebê-la toda sexta-feira, é só assinar nesse link.
Perdeu as edições passadas? Não tem problema, no momento em que você se inscrever para receber a Bibliotecas do Brasil Inbox, terá acesso a todas as edições já enviadas anteriormente. Não perca tempo, nossa newsletter é gratuita e semanal.

Arte e texto: Juliano Rocha
Foto: Daniele Carneiro

Leia mais:

Questionamos se nós temos futuro e as livrarias que amamos na newsletter 10
João Antônio e o documentário Blackfish na newsletter 9
Buñuel e Graffiti em Porto Alegre na newsletter 8

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de por Juliano Rocha

abandono

Mobilize-se pelas bibliotecas!

As bibliotecas são partes essenciais do desenvolvimento cultural de uma comunidade. Quando uma biblioteca é abandonada, fechada, esquecida e deixa de ter sua voz, é uma enorme perda não só para a comunidade onde está inserida como para a cidade inteira. Mobilize-se, apoie e demonstre interesse pelas bibliotecas que estão mais próximas de você e que estão enfrentando situações de descaso. Saiba mais sobre o assunto na newsletter Bibliotecas do Brasil Inbox.

A newsletter Bibliotecas do Brasil Inbox é dedicada aos amantes das bibliotecas livres, bibliotecas comunitárias e atuantes que não conseguem viver longe dos livros. É inteiramente gratuita com conteúdos culturais exclusivos. No ato da assinatura receba na hora o acesso ao arquivo com as edições anteriores já publicadas. A edição #11 terá um texto inédito sobre a Biblioteca Casa Kozák e a Casa da Leitura Franco Giglio, bibliotecas públicas municipais de Curitiba que estão fechadas e amargamente esquecidas desde 2011. Inscreva-se nesse link para receber a edição inédita dessa sexta-feira: http://eepurl.com/R2rGf

Atualização em 23/06/2014 às 02h51
Comemoramos o apoio e a divulgação da situação da Biblioteca Casa Kozák pelo site Defender - Defesa Civil do Patrimônio Histórico, que publicou na íntegra o artigo que produzimos sobre a Casa Kozák. Confira a matéria no site da Defender: http://defender.org.br/noticias/nacional/curitiba-pr-tristes-detalhes-interior-da-casa-kozak/

Foto: Daniele Carneiro - Bibliotecas do Brasil
Arte: Juliano Rocha

Leia mais:

Encoraje seu filho a ler
Com a literatura me tornei muito realizada e feliz
Todo mundo quer uma oportunidade. A literatura salvou minha vida. (Ferréz)

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de por Daniele Carneiro

arte

Uma tarde na Fundação Iberê Camargo em Porto Alegre

Às margens do Rio Guaíba em Porto Alegre ergue-se um prédio de cimento claro, com linhas retas que se destaca nas águas deste grande rio que banha a cidade, o prédio é a sede e museu da Fundação Iberê Camargo, construída em 2008. Conhecido como um dos lugares mais bonitos para se apreciar o pôr-do-sol na capital do Rio Grande do Sul, o museu utiliza esse cenário como parte de sua arquitetura que mesmo da parte interna, sempre nos oferece escotilhas para as águas e o céu dessa bela região.

Fachada da Fundação Iberê Camargo e o Rio Guaíba

A experiência começou no próprio estacionamento da Fundação que possui todo um clima dos filmes do Stanley Kubrick, centralizado, branco e com muitas colunas, o que já nos retirou de nossos pensamentos mundanos e nos preparou para adentrarmos em um mundo de cultura. Quando visitamos o museu estava em cartaz a mostra “Iberê Camargo: as horas [o tempo como motivo]”, o catálogo da exposição está disponível para download gratuito, que faz um recorte na obra do artista produzida nos anos 1980, composta por pinturas e desenhos e um filme que mostra o processo de produção do Iberê.

Iberê Camargo, gaúcho que viveu de 1914 até 1994, gostava de utilizar cores escuras em suas obras, com pesadas camadas de tinta que a primeira vista podem trazer uma sujeira visual à composição de suas pinturas, porém quando o espectador para e observa por alguns segundos suas obras, um mundo de sutilezas em cor começa a explodir diante de seus olhos. Justamente por ter uma predominância de cores escuras os pequenos detalhes e os locais em que ele retirou a tinta pesada, ganham destaque e possuem uma força e suavidade que parecem cantar uma música suave que guia as pessoas pelo seu mundo de símbolos e objetos diários, que possuem todo um novo significado aos olhos do artista.

Exposição Iberê Camargo: as horas [o tempo como motivo]

Pintura "Face" de 1984

Detalhe da obra

O deslocamento dentro do museu é feito por rampas em espiral que nos fazem apreciar todas as obras antes de chegar à escotilha principal, que encontra-se bem no centro do prédio e que possui uma vista belíssima do Rio Guaíba. Quando visitamos outras duas exposições estavam em montagem nos andares superiores, portanto só pudemos conhecer metade do edifício, mas foi o suficiente para nos apaixonarmos.

Após vermos a exposição e a vista da escotilha principal, conhecemos a loja do museu que possui diversos produtos feitos por outros artistas e artesãos, como uma coletânea de miniaturas de animais da fauna brasileira feitos por artesãos e artesãs do interior do Rio Grande do Sul do projeto Bichos do Mar de Dentro, e livros sobre os mais variados artistas nacionais e internacionais além de camisetas e outras lembrancinhas.

As linhas do museu criam novas formas a cada ângulo que se observa

Escotilha no centro e as rampas de acesso

Depois da passagem pela loja e de posse de uma miniatura de Capivara fomos com a nossa amiga Letícia Tafra Fontoura nossa guia e anfitriã por terras gaúchas, desfrutar da cafeteria do local, com uma ampla visão para o pôr-do-sol com lânguidos barcos à vela deslizando no horizonte laranja. Com cafés suaves e madeleines divinas, o ambiente é propício para discussões culturais e para bolar novos projetos literários e as nossas próximas viagens.

Café e madeleine

Letícia Fontoura e Juliano Rocha no café da Fundação Iberê Camargo

Saímos de lá encantados e com uma vontade de voltar para ver as novas exposições que estreariam dali a poucos dias, porém nossa volta já estava marcada. Mas na próxima visita à Porto Alegre a Fundação Iberê Camargo estará novamente em nosso roteiro para mais um dia de arte, cafés e pôr-do-sol.